08 junho 2010

Hoje


O verdadeiro motivo por que tenho o estômago embrulhado: foi há um ano. E depois de 12 meses, de tantas descobertas, de tantas novidades e aprendizagens, hoje, há uma coisa que continua igual ao que era há um ano atrás: as lágrimas. Lágrimas (secas e molhadas. Por dentro e por fora de mim) por tudo aquilo que aconteceu e lágrimas por aquilo que não aconteceu.
O fio condutor continua preso à volta do meu pulso esquerdo. Nos últimos meses, aconteceu ter que ser eu a puxá-lo e ainda bem que aconteceu. É sinal de que estou viva. Continuo sem saber para onde vou. Já pensei que ia na direcção certa, já virei à esquerda e à direita. Já parei e inverti o meu sentido. Já andei para trás, mas sentia que estava a andar em frente. E não me arrependo. Nunca! Uma coisa é certa, agora: já sei por onde vou.
O último ano resume-se às horas que vivi de forma bem vivida, ao quanto fui feliz, às gargalhadas que dei. Resume-se aquilo que aprendi em casa e no trabalho. Às novas palavras que passaram a fazer parte do meu vocabulário. Resume-se ao prazer de saber dizer sim e não no momento certo. Resume-se ao toca e foge e ao estar presente no momento apropriado. Resume-se às pessoas que conheci, aquelas que eu já conhecia e com as quais aprofundei o conhecimento e enraizei a relação. Resume-se também às pessoas que se afastaram, ou de quem eu me afastei.
Se fosse uma palavra, o último ano seria crescimento. Seria crescimento com tudo o que crescer implica. E crescer não é fácil, mas é bom. Tem dias que custa, outros que parece ser bastante fácil. Tem dias que nos fazem rir de sol a sol, e dias em que nos apetece chorar só porque sim. E hoje, bem, hoje até o dia chorou.

agora vou ali respirar fundo

3 comentários:

Vanita disse...

Esta parte do caminho já está feita. O resto será como até aqui, um dia de cada vez, sempre da melhor forma que sabes fazer.

Beijo grande ;)

Luv disse...

penso que o pior já passou. desejo sorte no futuro!

beijo,
Luv

tia a. disse...

Ver-te crescer é bonito. Como uma planta serás capaz de encontrar o teu lugar ao sol e a tua ligação ao solo. E a tia estará sempre por perto para regar-te com sorrisos.