22 dezembro 2010

Até ao fim do mundo*


Uma semana. Gripe, essa grande, grande... Isso mesmo! Essa grande! Há quase uma semana que sou uma pessoa sem voz. Hoje, falo fininho... hhuumm... ao contrário?! Talvez seja. Três dias debaixo do edredon, fechada em casa, cujo trajecto autorizado era aquele que fica entre a cama, o sofá e cama. Não sei quantos dias a fazer dos clinex os meus melhores amigos e do saco de água quente a coisa com que quero passar o resto da vida. Febre e tosse. Muita tosse. Chá. Mel. Odeio mel. Leitinho a ferver. Antibióticos. Anti mais não sei o quê. Uma médica que quando consultou, arregalou os olhos. Culpa disto. Mimos. Muitos mimos. E agora. Agora, sff, deixem-me sair de casa. Há umas férias para viver até ao final do ano. Há presentes para comprar e ainda há uma casa a decorar com coisas, coisinhas e afins, que lembrem que também é Natal no meu reino. Há gargalhadas para soltar. Abracinhos fortes para sentir. Coisas para partilhar. Estão umas férias a começar. Agora. Aqui e ali. Ali, pelos lados do bairro mail alto, que já morre de saudades. Estou a ir. Estamos a ir. Agora. Vou. Enchouriçada com tanta roupa que levo vestida. Mas vou!

*que é como quem diz: até ao fim do ano

16 dezembro 2010

Só me apetece berrar


Mas falta-me a voz. Perdia ontem à noite, algures ali para os lados de Sintra. Mais ou menos entre a uma e as duas da manhã, com qualquer coisa como três graus centígrados. Felizes aqueles que não gostam de me ouvir.

15 dezembro 2010

Assim me encontro

Tenho o corpo todo cravado. Toda eu sou agulhas.

14 dezembro 2010

Frase do dia


sobre cupcakes:


"Não gosto lá muito! Podem ficar com o meu cunhão"

10 dezembro 2010

Sexta-feira, cinco e qualquer coisa da tarde


Estou a fazer contas à vida

Tenho uma vida maravilhosa

Saio de casa às sete da manhã para ir ver carros a passar numa estrada.

09 dezembro 2010

Frase do dia


"Aaaiiii, quem me acode?!"

A mão que (ainda) me embala o berço



Depois de ter lido isto no blog da mãe Lina, dei por mim a pensar na minha infância, na minha adolescência... na minha vida.
Em 27 anos de existência sempre tive tudo de mão beijada. É isto, assim, sem mais nem menos. E digo-o sem vaidade, sem orgulho de quem tem o rei na barriga. Digo isto sem, por sombras, me achar mais e melhor do que alguém. Digo-o com respeito e humildade. E digo-o em forma de agradecimento a quem me criou e fez de mim aquilo que sou hoje.
Eu fui aquela miúda a quem foi dado o carro novo, num dia de Inverno, mês de Dezembro, poucos dias antes do Natal. Mas também fui aquela miúda a quem foi dito “estima-o, porque quem te deu este, dificilmente te dará o próximo”. Continuo a ser a miúda sortuda, que embora passados nove anos a conduzir o mesmo carro, nunca pagou o seguro ou o selo, nunca pagou uns pneus novos, nem tão pouco as revisões ou os arranjos. Até na hora do único acidente que o carro sofreu, tive sorte: era o meu pai quem ia a conduzir.
Continuo a ser a miúda sortuda a quem foi atribuída mesada, nos tempos do liceu, e depois, mais tarde, em versão inflacionada, nos anos da faculdade. Mas também fui aquela miúda a quem foi dito: “aprende a fazer as contas e a gerir o teu orçamento. Se gastares mal, o mal é teu.” E eu geria tudo de forma a conseguir ter sempre gasolina para ir passear para onde me apetecia. Geria de forma a ter jantaradas e idas ao centro comercial, nem que fosse apenas para uma bugiganga.
Fui a miúda que foi passar férias aqui e ali, com amigas, amigas e amigos e com o namorado. Mas também fui a miúda a quem foi dito “vais de férias para onde quiseres, mas para isso tens de ter boas notas.” E eu que era do tipo “vamos indo e vamos vendo”, lá me esforçava nos últimos períodos e nos últimos semestres e lá atingia o meu objectivo.
Com os meus pais sempre foi ao jeito “tudo o que eu te dou, tu me dás a mim”. Não sei se era eu que lhes dava aquilo que eles queriam, para depois, em troca, eles me darem aquilo que eu queria, ou se era o contrário. Sei apenas que foi um sistema que sempre funcionou lá em casa e que ainda hoje vai funcionando. Apesar de ter a minha independência total e de ser ainda mais dona do meu nariz do que alguma vez fui, foi graças a este ensinamento e a estes valores que me foram incutidos que eu sempre fui subindo as minhas escadas, degrau a degrau. Apesar de um dia, num episódio da minha vida, ter sentido que os meus pais me viraram as costas, nunca pus em causa a forma como fui educada. E quero dizer com isto, que até as meninas mais mimadas, mais sortudas, mais princesas e mais tudo nesta vida (e tenho plena noção de que sempre fui conotada assim por tios, primos, e outros membros da família e tantos que mais, que se lixem), essas meninas podem ter tudo de mão beijada e, ao mesmo tempo, ser-lhes dada uma educação séria, real e consciente. Uma educação cheia de valores e de princípios. Uma educação com direito a nãos e a momentos maus, para que os sins e as coisas boas sejam aproveitadas ainda com mais consciência.
E serve isto tudo, e mais aquilo que não foi dito, porque não é para o caso, e ainda com direito a um “apesar de tudo”, eu só tenho é de beijar a mão que tudo me tem dado de mão beijada.

06 dezembro 2010

O que estás a ler?


Eu só pedi o cão...

04 dezembro 2010

Pergunta do dia


"Meu amor, como está o teu dinamarquês?"