Ficam as lembranças na memória. Ficam os sorrisos e as gargalhadas soltas naquela redacção. Fica o orgulho. Fica o sentimento de que podia ter feito mais e mais. Fica a lição e a aprendizagem. Fica a página em branco, que depressa, como por e/ou sem magia, se enchia de caracteres. Ficam as ideias. Ficam as histórias. Ficas as horas e horas e horas. Ficam (comigo e eu com elas) as pessoas que passaram a fazer parte da minha vida. Ficam as gomas, que ia buscar ao terceiro andar, quando as horas já eram tardias e nos apetecia alguma coisa doce. As gomas e os salgados. Fica para sempre o título "sou feliz a assar frangos". Fica a frase "ficas. E não era preciso teres andado a fazer propaganda". Ficam os almoços na salinha do último andar e os lanches de gelados, comprados na rua, a meio da tarde, quando o calor começava a apertar. Fica o termo de identidade e residência. Fica tanta coisa, que tenho cá dentro, e que não consigo expressar. Fica a primeira vez que subi aquele elevador. E a última vez que o desci, lavada em lágrimas, num misto de sensações e sentimentos. Fica a segunda primeira vez que subi aquele elevador e fica a segunda última vez que o desci, com a esperança de o voltar a subir uma terceira vez. Ficam os jornais de outrora, religiosamente guardados. Fica tudo. Não fica nada. Fica a saudade.
3 comentários:
E que saudade...:)
Força.
e fica a tia, estás lixada... bj, amora
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