Se fosse, que motivos teria para não querer ser? o choro das criancinhas?! por mais irritante que às vezes possa ser, não é nada comparado com o comportamento de muitos adultos
Falava mais pelo contar de historias. Nem sempre apetece-me contar historias, mas estes dias aparecem e vao como o vento. Nao...nao sou educador de infancia. Era so uma curiosidade entre dois anonimos...
nos dias que correm, seja qual for a profissão, são sempre as histórias que estão em causa. cada dia é uma história que se conta e que fica para contar :)
Surgiu-me a questao, quando contas as tuas historias, e importante teres ouvintes, ou o conta-las e requisito minimo e unico. Digo isto, porque sao poucos os dias em que ter ouvintes e requisito minimo, e nesses dias engano o silencio na esperança de que passem depressa, o que normalmente nao falha. Igualmente ha dias em que em as historias que conto, guardo-as para mim, para mais tarde contar e fazer com que contem.
Aquilo que conto aqui, não conto com a intenção de alguém me vir ler. opino que a moda dos blogues, veio dar continuação à moda dos diários. Na infância havia aqueles que tinham cadeados e aqueles que não tinham; aqueles que deixávamos em cima da mesinha de cabeceira, e aqueles que escondiamos no sítio mais escondido do nosso quarto. naquele que ficava à vista, escreviamos aquilo que só achávamos correcto escrever; naquele que escondiamos, escreviamos as histórias completas, com todos os pormenores e mais alguns. Falávamos daquilo que queriamos e não queriamos. Eramos nós e quem nos apetecesse ser. Mesmo que agora, aqui, escreva num sítio sem um cadeado, aberto ao mundo, aqui, conto aquilo que toda a gente percebe, não percebe e, aquilo que muitas vezes, quem me lê pensa que percebe. Afinal de contas, e sinceramente, não escrevo para mais ninguém do que para mim propria. Quanto às outras histórias que possa contar, no exercício dos meus dias, tal como aqui, também só as ouve quem quiser. Não estão escondidas...
Um dia quis ser escritor, a altura era de escolhas, ainda que a idade nao o fosse. Quis as circunstancias, que tirasse comunicaçao social, era um curso, mas nao uma profissao...o que eu gostava era de ler e inventar historias. Ter um publico, alguem que as le-se ou ouvisse era superfluo. Ha pouco tempo deixei de escrever num blog, os poucos ou nenhuns leitores, eram-me indiferentes, as suas duvidas sobre o que escrevia exasperava-me, mas teimava em nao cortar comentarios, e ia iludindo-os com respostas vagas e fugidias, talvez assim abandonassem o navio, do qual era eu o capitao. Mas alguns teimavam, diria mesmo que o desafio os atraia...pobres diabos, vai-se la saber porque.
11 comentários:
Qual é a tua profissao ?
Luis
conto histórias
Educadora de infancia ?
Se fosse, que motivos teria para não querer ser? o choro das criancinhas?! por mais irritante que às vezes possa ser, não é nada comparado com o comportamento de muitos adultos
Falava mais pelo contar de historias. Nem sempre apetece-me contar historias, mas estes dias aparecem e vao como o vento.
Nao...nao sou educador de infancia. Era so uma curiosidade entre dois anonimos...
nos dias que correm, seja qual for a profissão, são sempre as histórias que estão em causa. cada dia é uma história que se conta e que fica para contar :)
Surgiu-me a questao, quando contas as tuas historias, e importante teres ouvintes, ou o conta-las e requisito minimo e unico. Digo isto, porque sao poucos os dias em que ter ouvintes e requisito minimo, e nesses dias engano o silencio na esperança de que passem depressa, o que normalmente nao falha. Igualmente ha dias em que em as historias que conto, guardo-as para mim, para mais tarde contar e fazer com que contem.
Aquilo que conto aqui, não conto com a intenção de alguém me vir ler. opino que a moda dos blogues, veio dar continuação à moda dos diários. Na infância havia aqueles que tinham cadeados e aqueles que não tinham; aqueles que deixávamos em cima da mesinha de cabeceira, e aqueles que escondiamos no sítio mais escondido do nosso quarto. naquele que ficava à vista, escreviamos aquilo que só achávamos correcto escrever; naquele que escondiamos, escreviamos as histórias completas, com todos os pormenores e mais alguns. Falávamos daquilo que queriamos e não queriamos. Eramos nós e quem nos apetecesse ser.
Mesmo que agora, aqui, escreva num sítio sem um cadeado, aberto ao mundo, aqui, conto aquilo que toda a gente percebe, não percebe e, aquilo que muitas vezes, quem me lê pensa que percebe.
Afinal de contas, e sinceramente, não escrevo para mais ninguém do que para mim propria.
Quanto às outras histórias que possa contar, no exercício dos meus dias, tal como aqui, também só as ouve quem quiser. Não estão escondidas...
Um dia quis ser escritor, a altura era de escolhas, ainda que a idade nao o fosse. Quis as circunstancias, que tirasse comunicaçao social, era um curso, mas nao uma profissao...o que eu gostava era de ler e inventar historias. Ter um publico, alguem que as le-se ou ouvisse era superfluo. Ha pouco tempo deixei de escrever num blog, os poucos ou nenhuns leitores, eram-me indiferentes, as suas duvidas sobre o que escrevia exasperava-me, mas teimava em nao cortar comentarios, e ia iludindo-os com respostas vagas e fugidias, talvez assim abandonassem o navio, do qual era eu o capitao. Mas alguns teimavam, diria mesmo que o desafio os atraia...pobres diabos, vai-se la saber porque.
"pobres diabos", mas cheios de alma, talvez
Certamente, sabedoros de algum que me escapa desde que tomei consciencia do que e viver.
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