14 setembro 2009

Sentido


Hoje acordei tarde. O despertador devia ter tocado às 8. Devia e acredito que tenha tocado. Eu não ouvi. Estava no sono dos justos. Estava no melhor sono. Estava num sono que durou pouco mais do que três horas e meia, mas que quando assim é, me deixa fresca e fofa . Faz com que ao sair de casa, o momento de comunhão com a luz, com o sol e com o vento, me faça sentir bem e com energia para viver o meu dia com a alegria que eu preciso e mereço. Me faça ter força de vontade para tudo.
Estava no sono do orgulho. Do orgulho que sinto em mim. Depois do momento artístico, vivido entre quatro grandes paredes e partilhado com o calor dos holofotes.
Depois de ontem à noite ter sentido a chuva miudinha a cair sobre os meus ombros e a brisa soprar levemente no meu rosto. A aragem que tão depressa era fria como em segundos se tornava quente. A brisa que me aqueceu a alma enquanto eu ouvia o barulho das ondas a baterem nas pedras e sentia o odor da maresia.
Depois, um calafrio que nem chegou a ser calafrio. Esteve longe disso. Porque eu assim quis.. Eu determinei. Eu determino. Eu mando e mando porque me apetece mandar. Depois de sorrisos e gargalhadas. Depois de olhares nos olhos, debaixo da luz fraca do candeeiro da viela. Depois de ter sido agarrada e ter, acima de tudo, percebido que, afinal, estou completamente desprendida... hoje sinto tudo. Sinto-me bem. Sinto-me. Sinto-me em mim. Eu comigo e eu para mim. Sinto que os meus cinco sentidos estão alinhados. Como se de chakras se tratassem.

1 comentário:

Ritititz disse...

É o Universo a por-te à prova...