Eu podia viver sem trabalhar até às seis da manhã.
Eu podia passar na operação stop da Av. de Ceuta sem explicar tim tim por tim tim ao polícia o meu trabalho e o facto de não ter ingerido alcool toda a noite.
Eu podia não ter perdido o controlo do carro (que só por acaso era da empresa) numa curva.
Podia não ter sentido a traseira a fugir e a frente a ir direitinha ao separador de cimento.
Podia não estar a chover naquele momento.
Eu podia ter travado, em vez de pensar "não traves, deixa-te ir! Se bater, bateu!"
O carro podia ter batido.
Eu podia não ter mudado a estação do rádio e do outro lado podia não estar a passar a música que me fez ir ainda mais devagar.
Podia, naquele momento, não me ter lembrado que me disseste que tinhas chorado.
Eu podia viver sem chegar a casa às seis da manhã, meter a chave na fechadura e ela não rodar nem para a esquerda nem para a direita.
Eu podia não ter uma amiga, que não ouviu trezentas mil chamadas.
Eu podia ter tocado à campainha.
Eu podia não me estar a lixar pro facto da porta não abrir e da minha amiga não ouvir o telemóvel.
Eu podia ter almoçado e jantado e, assim, depois daquilo tudo, podia não ter ido comer um pão com chouriço, sozinha, à 24 de Julho.
Eu podia, depois de ter entrado em casa, não ter ninguém à minha espera e com paciência para ouvir "as coisas" da noite.
Eu podia não me rir aquela hora.
Podia não ter dormido uma hora e pouco.
Podia não ter sonhado contigo.
Podia ter acordado com mau feitio.
Podia ter cantado o la la la no banho.
Podia não ter despido o vestido que me ofereceste.
Podia conseguir vestir o vestido.
Eu podia estar aqui mal com a minha vida.
Eu podia não ter vivido tudo e mais alguma coisa que tenho vivido ultimamente.
Eu podia estar ainda pior.
Podia ser amarga, fria e insatisfeita.
Podia até ser doente.
Eu podia ter e ser tudo aquilo que me apetecia.
Eu podia satisfazer os meus caprichos sempre que quisesse.
Eu podia querer ir agora ao Polo Norte. E se quisesse ir, ia mesmo.
Podia não ter ido à Jamaica porque até tinha razões para não ir.
Eu podia não ter sido feliz na Jamaica.
Eu podia tudo isto e muito mais.
Eu podia ter tudo aquilo que eu quisesse.
Eu podia tudo e tudo e tudo.
Eu podia não sentir saudades.
Podia mesmo, mas nunca seria a mesma coisa!!!!
Eu podia passar na operação stop da Av. de Ceuta sem explicar tim tim por tim tim ao polícia o meu trabalho e o facto de não ter ingerido alcool toda a noite.
Eu podia não ter perdido o controlo do carro (que só por acaso era da empresa) numa curva.
Podia não ter sentido a traseira a fugir e a frente a ir direitinha ao separador de cimento.
Podia não estar a chover naquele momento.
Eu podia ter travado, em vez de pensar "não traves, deixa-te ir! Se bater, bateu!"
O carro podia ter batido.
Eu podia não ter mudado a estação do rádio e do outro lado podia não estar a passar a música que me fez ir ainda mais devagar.
Podia, naquele momento, não me ter lembrado que me disseste que tinhas chorado.
Eu podia viver sem chegar a casa às seis da manhã, meter a chave na fechadura e ela não rodar nem para a esquerda nem para a direita.
Eu podia não ter uma amiga, que não ouviu trezentas mil chamadas.
Eu podia ter tocado à campainha.
Eu podia não me estar a lixar pro facto da porta não abrir e da minha amiga não ouvir o telemóvel.
Eu podia ter almoçado e jantado e, assim, depois daquilo tudo, podia não ter ido comer um pão com chouriço, sozinha, à 24 de Julho.
Eu podia, depois de ter entrado em casa, não ter ninguém à minha espera e com paciência para ouvir "as coisas" da noite.
Eu podia não me rir aquela hora.
Podia não ter dormido uma hora e pouco.
Podia não ter sonhado contigo.
Podia ter acordado com mau feitio.
Podia ter cantado o la la la no banho.
Podia não ter despido o vestido que me ofereceste.
Podia conseguir vestir o vestido.
Eu podia estar aqui mal com a minha vida.
Eu podia não ter vivido tudo e mais alguma coisa que tenho vivido ultimamente.
Eu podia estar ainda pior.
Podia ser amarga, fria e insatisfeita.
Podia até ser doente.
Eu podia ter e ser tudo aquilo que me apetecia.
Eu podia satisfazer os meus caprichos sempre que quisesse.
Eu podia querer ir agora ao Polo Norte. E se quisesse ir, ia mesmo.
Podia não ter ido à Jamaica porque até tinha razões para não ir.
Eu podia não ter sido feliz na Jamaica.
Eu podia tudo isto e muito mais.
Eu podia ter tudo aquilo que eu quisesse.
Eu podia tudo e tudo e tudo.
Eu podia não sentir saudades.
Podia mesmo, mas nunca seria a mesma coisa!!!!
3 comentários:
So para perceber aqui uma coisinha? Tiveste um acidente de carro???? Tás bem? Bjs
Pois não, porque certamente não seria tão vivido.
Eu podia ter deixado o telemovel com som e ter aberto logo a porta na primeira chamada.... mas depois o teu post acabava logo na frase seguinte! Nunca seria a mesma coisa. E mais: vais ter sempre alguém para ouvir "as coisas" a.k.a "lamúrios dos bons", seja a que hora for..e rir..muito! Sempre.
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