01 dezembro 2009

No pare. Sigue. Sigue


A vocês, Pai Natal, Jesus nas palhinhas deitado sem um edredon que te cubra, senhoras nossas, santinhos, anjinhos, luzinhas, cenas, coisinhas, seres superiores e afins. Agora que o ano está a fazer as malas para partir e nunca mais cá voltar, estas palavras são todas vossas:

2009, grande ano, hein??!! Que mais uma gaja como eu pode pedir?! Ora bem, lembram-se de Janeiro? Também eu! E nunca me hei-de esquecer. Bem como dos meses que se seguiram e de tudo o que me aconteceu por lá. Coisas que não quero sequer escrever aqui. Não as escrevo com receio da memória se avivar, com coisas que possam já estar lá no cantinho mais profundo da secção das lembranças do meu cérebro.
Lembram-se de Maio? Eu também! E daquela manhã em que acordei com as pernas que mais pareciam troncos. E lembram-se do que aconteceu logo de seguida? Pois eu lembro-me. Lembro de me querer levantar e não me conseguir mexer, lembro-me da viagem para a farmácia, para a urgência e depois, da viagem de trezentos quilómetros para ser tratada pelo meu médico de família. Lembro-me daquela semana de sofá, porque me recusava a ficar na cama o dia inteiro. Lembro-me das noites passadas de olhos abertos, do medo do escuro, como se fosse uma criança de seis anos. Lembro-me do problema hormonal que me foi diagnosticado, desencadeado por um descontrolo do sistema nervoso. Ainda hoje por cá anda. Gostou de mim… Eu é que não gosto nada de num mês pesar 58 quilos e no outro a seguir já pesar 65. Isto não acontece a ninguém.

Adiante. Ainda me lembro do Junho e do divórcio que ele me trouxe, depois da separação em Janeiro.
Até Setembro foi um salto, não foi?! Pois foi! Foi um salto e um grande, grande trambolhão. Um trambolhão fruto de um empurrão de enganos, mentiras e ilusões. E mais enganos, mentiras e ilusões. Mas, quem bem cai, melhor se levanta! E eu levantei-me. Com ajuda, mas levantei-me. A ajuda veio em Setembro. Não tardou, não apareceu na hora certa, mas apareceu na melhor hora. Depois de tudo e tanta coisa, qualquer hora era a melhor hora.
O Outubro deve ainda estar nas vossas cabeças. Bem como na minha. O mês que inaugura aquela que eu considero a pior altura do ano, tornou-se este ano a melhor. Um ano que já está há muito colocado na prateleira dos piores anos, senão o pior da minha vida até ao dia de hoje.
Ainda assim, nem tudo foi mau. 2009 deu-me reconhecimento pessoal e profissional. Tirou-me tanta auto-estima como deu. Fez-me sentir a pior e a melhor pessoa. A mais mal amada e a mais desejada. Levou-me os maus, deixou-me os bons. Devolveu-me aqueles que, se calhar, nunca de ao pé de mim deviam ter saído. Abriu o meu paladar ao sabor de gin´s e morangoskas. Deu-me a senha para passar a fronteira. Deixou-me escrever no gps “maizálem”. E mostrou-me como o caminho até lá é tão mais fácil do que eu julgava…
2009 trouxe-me tanto de tristeza como de alegria. Cegou-me ao mesmo tempo que me abriu os olhos. 2009 deu-me viagens, deu-me férias e muito trabalho. Deu-me a minha casa. E melhor casa não me podia ter dado… 2009 foi o ano do azar. O 27 passou a ser um número de sorte. Bem como o 9, quando conjugado com um 7 à direita. O azar que obrigou-me a procurar a sorte e fez-me perceber que a piada está nessa procura.

É por isso que aqui continuo, hoje, dia 1 de Dezembro, no início do fim deste ano. Estou aqui e por aqui contínuo. Sempre a sorrir para o espelho e a olhar para a minha vida com um sorriso rasgado. A viver o meu dia intensamente. A fazer acontecer. Sempre. Com ALEGRIA (de uma princesa), porque o futuro é já ali à frente.

1 comentário:

Osga disse...

Apesar de ter seguido alguma coisa desses acontecimentos posso dizer que apesar de tudo passaste por cima com grande coragem ;)

bjs