Perdoem-me os marafados, mas eu já não posso com esta terra. Estou farta destas praias, farta de ver gente cor-de-rosa, vermelha e castanha de um bronzeado forçado pelos solários e melhorado com horas e horas de exposição solar. Cansada de ouvir falar inglês com som de madrugada e língua enrolada. Farta da linguagem cujas palavras proferidas terminam em inhas, inhos e todos e mais alguns diminutivos... sempre como aquele tratamento que nunca é feito na segunda pessoa do singular.
Estou farta de areia molhada e seca. Farta de mar sem ondas. Farta de sítios da moda e de discotecas que fazem a moda daqueles que vieram de fora. Já não aguento ir aqui e a ali. A sensação de ter de ser quase omnipresente. Cansada de ter de agradar a gregos e troianos para, no fim, ver os outros levarem com os louros e os papagaios... Já não aguento a sangria e até das caipirinhas me tenho esquecido. Fiz da água a minha melhor amiga! Ode à sopa de legumes, ás saladas e à fruta. Até o peixe do sul já deixou de me saber bem...
Devolvam-me o trânsito de Lisboa e a euforia que só se sente nesta cidade. Porque longas caminhadas em areais desertos, para depois, no fim, me ver morrer na praia e, horas mais tarde, ter de ressuscitar devido a décibeis e luzes acima da média, que têm o seu culminar com o nascer do sol, cujos raios são travados com óculos de lentes escuras, que tive o cuidado de guardar na carteira, por já saber como tudo acaba... desculpem, mas desta vez isto não está a ser para mim. Ou eu para isto. Sei lá. E agora também já nem quero saber!!!
1 comentário:
Tu andas com saudades do IC19 não andas?!
Confessa lá :P
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