06 fevereiro 2013

As coisas que não mudam

Ao terceiro dia foi confiante e segura. Não foram precisos saltos altos nem baton carregado. Não foi precisa roupa de cor preta para encobrir imperfeições. Os óculos de sol que tapam o rosto ficaram guardados. O olhar o chão a cada passada elevou-se e fitou o horizonte. Ao terceiro dia, o primeiro dia consciente da dualidade entre a dificuldade e a satisfação. Daquilo que está para vir. Ao terceiro dia, o primeiro dia consciente da troca da palavra escrita pela palavra oral, o texto pela imagem. O foco diferente. O conforto do tempo que ainda está para vir pelo deadline e pela força de que é possível fazer algo semelhante à perfeição em cima do joelho. Ao terceiro dia a miúda adormeceu... E a realidade acordou.

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