14 novembro 2011

Ponto da situação


Falta tempo ao tempo.
Um dia não me chega.
O “não tive/não tenho tempo” nunca fez tanto sentido.
Continuo a querer um cão.
Continuo a querer um terraço.
Já sei outra vez o que são saudades.
Acho que tenho de ir à bruxa, mas, na verdade, vejo os “acidentes” a acontecer aos outros.
Continuo a dizer que sou uma gaja cheia de sorte.
Dizer “está tudo bem” já não chega.
Tenho desejos de pizza.
Continuo a gostar de branco.
Não respiro fundo.
Não conto até dez.
Não sei esperar pelo tempo.
Não sei vê-lo passar.
Ando com ânsias.
Há coisas que não compreendo. E ainda bem.
Às vezes, os outros não me percebem. E ainda bem.
Não ando com vontade, e não tenho tempo, para explicar teorias e conceitos.
Tenho o meu mundo.
A SR vai casar para o ano.
Não tenho paciência para ser hipócrita. Mesmo que a sociedade assim o exija.
Continuo a gostar de padrões floridos.
Quero ir de férias pra bem longe.
Acho que as minhas mamas estão a ficar descaídas.
Já não gosto de calçar sapatos de salto alto.
Descobri que o Woody Allen vê por uns óculos iguais aos meus. Não. É o contrário.
Todas as pessoas que vão a minha casa adoram a janela da cozinha e vão para lá dizer coisas estranhas ao mundo.
O meu vizinho do lado, ontem, não foi para a cama sem ir a casa da porteira discutir com ela. A minha veia de vizinha cusca continua apurada. Ouvi a discussão atrás da porta. Estive todo o tempo com aquele risinho.
Gosto de tártaro de atum.
O Martim nasceu.
Tive tempo para ver a Gala da Casa dos Segredos. É bom de mau.
No Natal, o meu presente eu quero que seja... uma jaleca. (com o meu nome bordado, sff)
Ando a "Dizer Amor" como a Rosa Lobato Faria.
Ficam sempre coisas por dizer.

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