" O amor não se apaga, não se esgota, na música do tempo porque se quer, porque se tem, porque se é tamanha força e ilusão de nascer e voltar a nascer, de criar e voltar a criar, esperanças, dúvidas e certezas, de que é nosso o Mundo, que o Sol e a lua e a luz são partes de nós próprios num todo indivisível de que nós somos o fogo da lareira, o fogo da paixão, o fogo da vida. Que sem calor e chama ardente não é vida, nem música para sonhar, mas sombras, sombras do passado, sombras de medo, sombras de desilusão, de não conseguir o ideal, a tentativa da perfeição. Afinal tudo é apenas, não mais do que conquistar a noção da beleza, da bondade, da generosidade, não mais do que sermos nós próprios em conjugação, em uníssono, num viver a dois que se prolonga no espaço e no tempo aos olhos de quem não tem, ou não quis, ou não soube ser a semente, a força dum ideal, duma presença, duma chama, que arde e se vê ou não se vê, num lugar para além do coração, talvez mesmo no fundo da alma e da própria vida..." aqui
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