Sobre as profissões, os profissionais (ou a falta de profissionalismo), o sangue na guelra e a forma como se pode perder toda a magia por aquilo que fazemos. Como é que eu hei-de dizer isto?! É uma merda, é um facto.
E com isto lembrei-me da conversa que tive com uma amiga minha, em Setembro do ano passado, por ocasião do jantar de despedida de solteira de outra amiga. A minha amiga, que sempre ambicionou ser jornalista, que queria tanto, tanto, tanto trabalhar na televisão, fazer investigação, e até ir para a uma qualquer gerra, se assim fosse preciso. A minha amiga não conseguiu aquilo que ambicionava nos tempos da faculdade. O mais longe que talvez tenha ido na profissão, foi trabalhar numa rádio local. Hoje trabalha numa loja de um centro comercial de Coimbra, vive com o namorado e está a construir uma casa, à maneira dos dois. E desta conversa que tivemos as duas, lembro-me que por nenhum momento ela me disse que o trabalho dela é uma merda, por nenhum momento se queixou daquilo que faz, do ordenado, ou do nada, do pouco ou do muito que tenha conseguido alcançar na vida dela. E lembro-me também que no decorrer daquela nossa conversa, eu, que já consegui tanto ou mais do que aquilo que ambicionava nos tempos da faculdade, lembro-me do quanto eu me queixei, da birra que fiz, e das vezes que afirmei que "o meu trabalho é uma merda."
1 comentário:
No fundo é como se nos estivessemos a queixar enquanto caminhamos... Boa caminhada para ti, e para mim :)
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