29 junho 2012

Peter pan

Felizmente tenho uma família grande, daquelas que enchem um autocarro dos maiores. Lembrou-se alguém que o mais recente ajuntamento tinha de acontecer em terras de "voilá, obrigado, e, não me chateies que nos sommes quase a chegar". Realizado o feito, cá estamos todos na Suíça. A maioria veio da serra num autocarro fretado para o efeito e outros viajaram de avião. Sem exagero somos quase quarenta pessoas, com idades entre os 16 e os 82 anos e, claro está, a confusão está instalada. Logo de início, e como sempre me fez espécie este tipo de ajuntamento cigano (embora adore a ideia de estarmos todos juntos) decido comigo que toda a gente deve escolher o seu canto e só depois de todos estarem devidamente confortáveis é que me instalo. Pois muito bem, quase, quase, quase a ser recambiada, eu e o meu saco cama, para a mega banheira da casa de banho, eis que estou refugiada num canto da casa do meus tios, à espera que se decida onde dormem os meus primos adolescentes, que não são primos um do outro (e que passaram o dia juntinhos, em passeios, e aos segredrinhos) e acabo de ser informada que vou dormir ao pé deles. A minha mãe e a minha tia "ordenam" a coisa com um olhar e eu recebo a ordem com outro. Se me apetece?! Claro! Afinal, também eu já tive 17 anos. A diferença é que na minha altura não tinha primos assim tão mais velhos, nem estes acontecimentos eram tão reais. E se de manhã estava mais ansiosa do que o meu afilhado por viajarmos os dois sozinhos no avião, agora estou em altas com a ideia de estarmos os três a conversa sobre cenas de adolescentes. E tou mesmo a ver que vai ser all night long.

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